Top 10 : cenas de filmes de Quentin Tarantino
Os filmes de Quentin Tarantino são recheados de diversas cenas marcantes, sejam pelos diálogos extensos com bastante tensão, pontos de reviravolta na história ou pelas sequências de ação. A seguir, as 10 melhores cenas dos filmes de um dos melhores diretores da atualidade.
O filme mais desconhecido do diretor possui uma das melhores cenas de perseguição de carro no cinema. O serial killer/dublê Stuntman Mike (Kurt Russell) mata suas vítimas usando seu instrumento de trabalho: o carro.
Na cena, o assassino impiedoso tenta tirar o carro de três mulheres da estrada, em uma sequência MUITO tensa. Mal sabe ele que essas mulheres ( duas dublês e uma atriz) não são tão frágeis assim e talvez até melhores motoristas que ele.
A tão aguardada vingança de Shoshanna não poderia ter sido de maneira mais espetacular. É simplesmente o clímax do melhor filme do diretor.
Com todos os membros mais importantes do partido nazista (incluindo o titio Adolf) assistindo ao filme “Orgulho da Nação”, a sessão é cortada para uma gravação de Shoshanna dizendo que todos vão morrer pelas mãos de uma judia. O incêndio no cinema ao som da risada cruel da francesa, interpretada por Mélanie Laurent, seguido pelo desespero das vítimas é um deleite para o espectador. Para melhorar a cena, temos os bastardos fuzilando os nazistas que tentam fugir do cinema. Mais Tarantino que isso impossível!
A luta entre a noiva (Uma Thurman) e Elle Driver (Daryl Hannah) é sensacional. Talvez a melhor sequência de ação dos filmes de Tarantino. A coreografia da cena é perfeita e original (uma antena de TV vira uma arma!!). Para melhorar, temos o melhor desfecho possível para a vilã.
A cena final, em que finalmente a verdade é revelada em Os oito odiados. A audiência, após quase duas horas, descobre quem são os capangas de Daisy Domergue (Jennifer Jason Leigh) infiltrados na cabana e assiste uma sequência bastante tensa e sangrenta. Trata-se do final mais cruel dos filmes de Tarantino, onde os personagens Major Warren e Xerife Mannix apenas esperam pela morte sozinhos na cabana, incapacitados de irem atrás de ajuda devido aos sérios ferimentos.
Definitivamente a melhor cena de Django Livre. Primeiro, o dialógo entre Candie (Leonardo Di Caprio) e Dr. Schultz (Cristoph Waltz), onde o alemão questiona sobre a morte do escravo D’Artagnan que foi morto despedaçado pelos cães. Candie deu este nome ao escravo por causa do personagem de Alexandre Dumas em “Os três mosqueteiros” e ao ser questionado sobre o que ele acha que Dumas pensaria sobre o que aconteceu ao pobre homem, diz que o mesmo não aprovaria, pois era “um francês de coração mole”. Schultz apenas responde: “Alexandre Dumas era negro.”.
Em seguida, após o escravo/comparsa Stephen (Samuel L. Jackson) revelar as verdadeiras intenções de Schultz, a ira de Candie é despertada. A interpretação de Leonardo Di Caprio é tão intensa que ele corta a mão durante a cena e mesmo assim continua interpretando, usando o sangue como um novo ingrediente na cena. Sensacional!
Quando finalmente conhecemos o personagem que dá título ao filme, não temos o tão aguardado combate sangrento entre ele e a noiva. Temos algo melhor. O personagem de David Carradine dá um show nos poucos minutos que aparece graças, talvez, a essa cena.
Enquanto a noiva está imobilizada, Bill calmamente fala sobre heróis e o universo de HQs. Ele expõe sua teoria de que o Super-Homem é uma crítica à humanidade e por isso ele é seu herói favorito. Durante os vários minutos de monólogo, o assunto gradativamente passa a ser sobre suas escolhas e suas razões que levaram a cometer o terrível massacre na igreja muitos anos antes. Como ele mesmo diz: “Há consequências para quem parte o coração de um assassino”.
Esta cena é um exemplo de uma característica marcante de Tarantino: a inserção da cultura pop de maneira inteligente nos seus roteiros.
A famosa cena de abertura de Cães de Aluguel é mais um exemplo da presença de elementos da cultura pop nas histórias contadas pelo diretor. É a primeira cena do primeiro filme de Tarantino, é onde somos apresentados a seu mundo.
Neste caso, todos os “parceiros de crime” estão tomando café da manhã antes de assaltarem o banco. A cena é um plano sequência de 8 minutos, onde entre os diálogos mais marcantes estão a recusa do Mr. Pink (Steve Buscemi) em dar gorjeta e a teoria do Mr. Brown (o próprio Quentin Tarantino!) de que a música “Like a Virgin” da Maddona não é sobre uma virgem, e sim sobre uma mulher viciada em sexo que finalmente encontra um...bem, quem não conhece a teoria vá logo assistir ao filme!
A cena mais icônica de Pulp Fiction e uma das cenas mais famosas do cinema. A dança desengonçada e fofa protagonizada por Uma Thurman e John Travolta marcou uma geração.
Toda a cena é conduzida de maneira deliciosa, o Jack Rabbit Slim’s parece ser o melhor lugar do mundo, o garçom (Steve Buscemi) é engraçado, os diálogos são ótimos e quem não fica com vontade de provar aquele milk-shake??
A cena de abertura de Bastardos Inglórios é arrebatadora. O coronel Hans Landa (Cristoph Waltz) visita uma fazenda no interior da França a procura de judeus escondidos no local. O ganhador do Oscar é simplesmente sensacional, alternando idiomas durante a cena e causando um desconforto enorme em quem assiste.
A sequência possui uma tensão enorme e quem assiste tem a certeza de que o filme que acaba de começar será excelente. A vingança da única judia sobrevivente é justamente a posição 9 em nosso ranking. “Au revoir, Shoshanna!”
A melhor cena dos filmes de Quentin Tarantino só poderia vir do melhor filme. Enquanto espiões se reúnem em uma taverna na França para definir os detalhes de um plano para matar Hitler, um grupo de soldados nazistas celebra o nascimento do filho de um deles em outra mesa.
Um dos alemães presentes no bar desconfia do sotaque de um dos espiões (Michael Fassbender) e a partir daí a tensão na cena cresce subitamente. Ele se intromete na conversa e introduz um jogo de adivinhação que gera momentos divertidíssimos. Um pequeno detalhe põe tudo a perder e é claro que tudo acaba em tiroteio.
Uma cena com sutileza, tensão e reviravolta. Um grande momento para um grande filme. Obrigado Tarantino!
10- “A perseguição” ( À prova de morte).
9- “ Incêndio no cinema na noite nazista” (Bastardos Inglórios).
8- “Elle & Eu” (Kill Bill Vol.2).
7- “A revelação” (Os oito odiados).
6- “Depois do jantar com Candie e Schultz” (Django Livre).
5- “Monólogo sobre super-heróis” (Kill Bill Vol.2).
4- “Like a Virgin” (Cães de Aluguel).
3- “Jack Rabbit Slim’s” (Pulp Fiction).
2- “Uma fazenda francesa” (Bastardos Inglórios).
1- “A taverna” (Bastardos Inglórios).
Estudante de Geologia que tem o cinema como paixão e hobby desde pequeno. Entre todas as incertezas da vida, a sétima arte é um porto seguro e um meio de escapismo e reflexão. Tem um lugar especial no coração para filmes de terror e drama, mas gosta de todos os gêneros de filme, desde que cumpram o que propõem e não sejam dirigidos pelo Michael Bay.
Matheus Fontana
